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Ténéré 660 e seus 30 mil km de rodagem.
Depois de rodar em estradas de terra, rodovias, vias urbanas e cursos de pilotagem defensiva (on-road), como está esta linhagem das lendárias TÉNÉRÉ? Gastos de manutenção, trocas de peças e condições gerais serão avaliados agora.
Desde a última avaliação, publicado neste site, ainda sinto esta moto uma companheira agressiva, porém obediente aos comandos do piloto. Obediente levando-a no cabresto, porque ela é muito arisca nas re-acelerações e nas frenagens emergenciais. Desta forma, o feliz proprietário desta máquina deve ser minucioso ao comandá-la, re-acelerando e frenando de modo progressivo e controlável, principalmente em condições adversas de solo molhado e em terra. Por ser agressiva, precisei trocar a transmissão secundária (coroa, pinhão e corrente), mas confesso que não fui cuidadoso em cuidar desta importante peça, deixando de lubrificar semanalmente e por isso tive de trocar 20 mil km antes do recomendado. Porém, pela avaliação do mecânico, somente a corrente danificou, deixando-a ovalada sem condições de uso. A coroa e o pinhão estavam muito boas, ainda podendo durar mais uns 20 mil km. Preço de minha falta de cuidado? 1200,00 reais no conjunto todo, com a mão de obra da concessionária inclusa.
Fiquei surpreso com a durabilidade das pastilhas de freios dianteiro, pois nos cursos de pilotagem que ministro as uso muito. O conjunto de pastilhas custaram 428,00 reais, então, são dois discos, com mão de obra e tudo mais, 960,00 reais.
A última troca de pneus foi por volta dos 18.000 km. Acredito que o par de Metzeler Tourance atuais durará por mais uns dois mil km. Estou pensando em calçar, na próxima troca, o Michelin Anakee 2 ou o Continental Attack, para sentir se melhora a performance nas frenagens dianteira e, também,
Mas no uso off, este calçado é excelente! E por falar em fora de estrada, a XT 660 Z Ténéré é excepcional. Esta moto nos ensina a pilotar e, de fato, o uso off-road é o melhor espaço para aprender as principais técnicas para a segurança do piloto. Sem a ajuda de elementos eletrônicos, como ABS e Controle Eletrônico de Tração, o piloto consegue entender, de modo progressivo, as formas de acelerações em saídas de curvas e frenagens em entradas de curvas, com o controle das derrapagens traseira.
Depois de 4 trocas o problema de quebra dos piscas acabou e a troca dos quebrados foi por garantia da Yamaha. Aliás, falando em Yamaha, esta marca nunca me deixou na mão. Todas as dúvidas que tive, a ouvidoria da marca me ajudou muito, e sem esta ajuda não estaria escrevendo esta avaliação com precisão.
Preços de peças e mão de obra podem se alterar de concessionária a outra, porém, enquanto na garantia, e por motivos de segurança, aconselho peças originais e mão de obra especializada. Ter uma moto dessas custa no bolso, sim, mas imaginem os preços de suas principais concorrentes, embora falta-me um pouco mais de pesquisa para comparar. Na próxima avaliação farei esta comparação.
Para os amantes desse modelo, a Yamaha já lançou para 2014 a nova Ténéré. Nova? Bem, ainda sem ABS, mas os preços estão mais baixos.
Conclusão:
Quem gosta de conforto e linearidade de motorização, esta moto não é a ideal, pois suas concorrentes estão ai com um conforto maior e menos vibração de motor. Porém, quem gosta de uma moto versátil, a mais barata de manutenção para a sua categoria (será?), e a melhor no uso off-road, tai a moto ideal.
Condições gerais da moto: Sem nenhuma avaria, dois tombinhos parada, km total da avaliação: 32.920 km. Filtro de ar ainda em condições de uso, por isso pedi para não trocar, pois quero avaliar o consumo na no teste dos 40.000 km. Abraços a todos.
Texto e Avaliador de performance: Carlos Amaral
Fotos: Geórgia Zuliani
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Legal a análise e acho que a YAMAHA deveria lançar o ABS, pois quem não tem a sua cancha ajudaria bastante. Acho excelente você aprender a técnica off road para cursos e quando começar estarei dentro. Um forte abraço e esta análise é para nós seus díscipulos uma verdadeira aula. Fica a sugestão para um futuro artigo sobre pneus, pois você disse que irá trocar para o CONTINENTAL OU MICHELLAN, com mais vantagens, portanto seria muito legal estes esclarecimentos. Valeu.
Acompanhei as observações técnicas fornecidas na avaliação anterior dos 20mil,agora completou com as informaçõ0es dos 30mil km. Parabéms,show de bola, só não aprende quem não quer!Adoro essa moto,um verdadeiro tanque de guerra.
Acompanho suas observações, e com elas agente aprende um pouco mais. Tenho uma Tenere 660z, e suas avaliações foram levadas em consideração na hora de comprar. Entre odiar e amar, fiquei com a segunda opção, a moto é fera. E quer saber, ela não precisa de mais nada pra ficar perfeita. ABS e outras frescuras é pros fracos.
Amaral, e o seguro dela, como fica? Vc foi perseguido alguma vez?
Olá, Alessandro. Em relação ao seguro depende muito, e somente, do perfil do cliente, como CEP residencial, idade etc.
Hoje em dia não existe mais moto que seja mais ou menos visada, pois quando eu desconfio se estou sendo perseguido eu logo desvio caminho ou procuro um lugar seguro. Procuro sempre ficar ligado.
Ola Amaral, e Ola Alessandro! Primeiramente: Parabens Amaral, o teu site ta show demais cara..e eu adorei ler tua opinião acerca dessa baita moto!
Segundo: Alessandro, sou aqui do Rio Grande do Sul e trabalho numa corretora de seguros, e posso dizer-te que o seguro dela esta dentre o aceitavel, por exemplo um homem de 46 anos casado e residente em Porto Alegre com uma Xt 660 Tenere ano 2012 teria um seguro completo por 3.500 reais, e se ele morasse em São Paulo (capital) o seguro sairia por 4.500. Tenho fechado seguros aqui no interior do RS por 2.500 a 3.000 reais de motos como XJ6 N e Hornet, então acho os valores propostos bem aceitaveis. Abraço Amaral e continue com os testes amigo, e Alessandro, espero ter ajudado com tua duvida! 🙂
Muito obrigado, amigo Alan.